Desde o dia 14 até 18 de maio, a cidade de Madri, capital da Espanha, sedia a Cúpula dos Povos “Enlaçando Alternativas IV” e o “Tribunal Permanente dos Povos” (TPP). As atividades, realizadas na Universidade Complutense, são eventos paralelos à reunião de Chefes de Estado da União Europeia, América Latina e Caribe.
De acordo com convocatória da Cúpula dos Povos, promovida pela Rede Birregional Europa, América Latina e Caribe “Enlaçando Alternativas”, o objetivo deste encontro é “fortalecer novas convergências solidárias entre nossos povos, as resistências populares emergentes e para construir um espaço político e de mobilização birregional, apesar da criminalização dos movimentos sociais”.
No Tribunal Permanente dos Povos (TPP) – com o tema, “A União Europeia e as transnacionais na América Latina: políticas, instrumentos e atores cúmplices das violações dos Direitos dos Povos” – o objetivo é denunciar os crimes realizados pelas transnacionais e os impactos das atividades delas nos direitos econômicos, sociais e culturais das nações latino-americanas e caribenhas. Além disso, pretende revelar a cumplicidade da União Europeia, dos Estados-membros e de instituições internacionais nos impactos das ações das transnacionais nos direitos dos povos. (Cf. aqui e aqui)
Ao TPP serão apresentadas acusações contra mais de 25 companhias europeias, transnacionais como: Syngenta, por contaminar terras e biodiversidade no Brasil com agrotóxicos e sementes transgênicas; e Telefónica Chile - filial do Grupo Telefónica da Espanha - por violação à liberdade sindical e violação ao direito de trabalho; Grupo Pescanova, por violações de direitos humanos e trabalhistas na Nicarágua.O TPP é um órgão estatutário da Fundação Internacional Lélio e Lisli Basso Issoco (Itália), criado em junho de 1979 e é historicamente ligado ao Tribunal Russell I e II, que julgaram os crimes da guerra do Vietnã e das ditaduras Latino Americanas. O Tribunal se fundamenta no “direito dos povos” e nas suas necessidades.
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