Outra palavra/expressão de ordem que “bombou” no microblog twitter é o “Dia Sem Globo”, espalhando-se pela internet, estimulando as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira/25, em qualquer emissora, menos na Globo.
Tudo iniciou desde que o técnico Dunga começou a cortar os privilégios da Globo. E estourou no domingo/20-jun, à noite, quando Dunga entrou em atrito com o comentarista Alex Escobar, da Globo. O motivo? Escobar, leia-se a Globo, queria entrevistas exclusivas com jogadores, e Dunga vetou. Assim como contou o jornalista Mauricio Stycer.
Com a arrogância de sempre, a Globo, via repórter Thadeu Schmidt, resolveu apresentar para o público da TV um editorial com críticas ao técnico. Erram, primeiro a resposta veio pelo twitter com “#Cala a Boca Thadeu Schmidt”. Depois com “#Dia Sem Globo”.
A Globo paga por se comportar mais ou menos assim como escreveu o jornalista Rodrigo Vianna: “É como se houvesse um menino rico acostumado a comer sempre o primeiro pedaço do bolo nas festinhas da escola. Um dia chega o professor novo e diz: ‘você pode ser rico, mas aqui tem que pegar fila pra comer o bolo’. O menino rico, em vez de avisar o pai e manobrar em silêncio pela demissão do professor, resolve chorar no meio do pátio, e ainda pendura um manifesto na porta da escola: ‘eu sou rico, tenho direito ao primeiro pedaço do bolo’. O menino rico, e mimado, joga a escola inteira contra ele. Talvez consiga a demissão do professor. Mas a comunidade inteira agora sabe que esses privilégios existem. A Globo conseguiu isso.”
Bueno, como já disseram por aí, Dunga não é flor que se cheire. E não é nem o melhor nem o pior técnico de futebol, longe de ser um ídolo que empolga multidões. Apenas existia uma normalidade, com o povo dividindo-se entre aqueles que apoiavam o Dunga, aqueles que o criticavam e aqueles que apenas torciam por ele e/ou pela seleção. A Globo acabou com esta normalidade, tirando o seu próprio véu..., quando assumiu a briguinha com o Dunga.
Assim, foi que no Brasil, via internet, o povo ficou ao lado do técnico da seleção brasileira de futebol.
Ah! Dá-lhe “Dia Sem Globo”. Eu apoio - boicote à Globo!
Divulgação da campanha lançada no twitter
Rede Globo é alvo de “vuvunzelazo” na internet
A Globo não está mais falando sozinha no Brasil. A chamada grande mídia não se esgota na Rede Globo, é verdade, mas esta simboliza a hegemonia do modelo midiático concentrador e excludente construído no Brasil ao longo das últimas décadas.
A briga envolvendo o técnico da seleção brasileira e o maior conglomerado de comunicação do país deu visibilidade a esse novo cenário.
[...]
O fato é que a Globo e as grandes empresas midiáticas não estão falando mais sozinhas e perderam a legitimidade auto-atribuída que os apresentava como porta-vozes dos interesses, anseios e desejos da sociedade. Eles não são esses porta-vozes. O número de porta-vozes da sociedade aumentou significativamente e eles estão se valendo das novas ferramentas tecnológicas para expressar suas opiniões. Há quem diga que é muito barulho por uma questão envolvendo um campeonato de futebol. Na verdade, é muito mais do que isso. Os palavrões e o “destempero” de Dunga serviram ao menos para mostrar que há muitas vozes gritando do lado de cá da tela. E, nesta semana, essas vozes fizeram tanto barulho quanto as vuvunzelas. (Para ler o texto completo, clique aqui)
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