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14.6.10

Liberdade para Faixa de Gaza

Roger Waters (ex-Pink Floyd) - canta em favor de Gaza, com imagens relacionadas ao bloqueio imposto por Israel.

Bloqueio à Faixa de Gaza
O governo de Israel impõe o bloqueio à Faixa de Gaza desde que o grupo militante Hamas assumiu o controle da região, em junho de 2007. O Hamas não reconhece a existência do Estado de Israel e é acusado - por este país, pelos EUA e pela União Europeia - de ser uma organização terrorista.

Com o bloqueio, o governo israelense impõe inúmeras restrições e entrada de ajuda à Faixa de Gaza. Israel só permite a entrada de ajuda humanitária através de pontos controlados na fronteira terrestre entre os territórios.

Israel alega querer enfraquecer o Hamas. Entretanto, muitas agências de ajuda humanitária dizem que a política de bloqueio serve apenas para punir civis. A Anistia Internacional chamou o bloqueio de “punição coletiva” que resulta em uma “crise humanitária”. Funcionários da ONU descreveram a situação como “preocupante” e como “sítio medieval”. E o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já exigiu que Israel suspenda imediatamente seu bloqueio à Faixa de Gaza, que já dura três anos. (Cf. BBC/Br)

Tudo o que 1,5 milhão de palestinos na Faixa de Gaza desejam é liberdade para exportar e importar produtos, transitar livremente pelas fronteiras e desenvolver a economia de seu território. Para 1 milhão deles, a eletricidade não passa de sonho – 20 mil nem sequer têm um lar digno e vivem em tendas. Em uma concessão questionada por ativistas, o governo israelense suavizou o bloqueio à Faixa de Gaza. Mas em vez de permitir a entrada de cimento, Israel autorizou apenas o ingresso de batatas crocantes, refrigerantes, balas, biscoitos, temperos, sucos, geleias e creme de barbear. Além de não poder reconstruir as 11 mil casas, 105 fábricas, 20 hospitais e clínicas, 159 escolas e universidades danificadas durante a guerra, entre o fim de 2008 e o início de 2009, a população está impedida de receber medicamentos e matéria-prima para indústrias (Cf. Correio Braziliense). Ler mais sobre impacto que a política de bloqueio à Faixa de Gaza causa na população civil, aqui.

Free Gaza
O movimento Free Gaza (“Gaza Livre”) tenta, desde 2008, furar o bloqueio israelense ao enviar suprimentos para o território controlado pelo Hamas. O Free Gaza, cuja sede está localizada em Nicosia, no Chipre, descreve-se como uma grupo de direitos humanos com coordenadores internacionais e grupos afiliados na Grécia, na Alemanha, na Irlanda e na Escócia.

Em 31 de maio de 2010, navios da marinha israelense atacaram uma frota de seis barcos, organizada pelo movimento Free Gaza, que pretendia furar o bloqueio à Faixa, para entregar ajuda humanitária ao território de Gaza. A ação israelense contra a frota deixou nove mortos e gerou reações de condenação na comunidade internacional.

Veja o vídeo, divulgado pela cineasta brasileira Iara Lee, com imagens feitas a bordo do Mavi Marmara, o principal barco da frota interceptada por Israel, divulgado no site da ONG Cultures of Resistence.

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