Agora – Pessoa, como pensastes com Caeiro, destino – simplesmente
...
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno—
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no facto de aceitar—
No facto sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.
...
Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só com a inteligência.
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer coisa que não fosse o Mundo.
Claro – Pessoa, com odes particular de Ricardo Reis – repito-me serenamente:
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De arvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
...
Licença Fernando Pessoa. Em meio a isso tudo...
Ouço – Fernando Sabino, há O encontro marcado – no meu existencialismo
De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estava sempre começando,
a certeza de que era preciso continuar,
e a certeza de que seria interrompido antes de terminar.
Daí:
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
do medo, uma escada,
do sonho, uma ponte,
da procura, um encontro.
a certeza de que estava sempre começando,
a certeza de que era preciso continuar,
e a certeza de que seria interrompido antes de terminar.
Daí:
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
do medo, uma escada,
do sonho, uma ponte,
da procura, um encontro.
É isso, valeu!
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