Exame de Ordem 2010: reprovação recorde

O resultado preliminar do exame unificado nacional da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB aponta para o maior índice de reprovação de candidatos já registrado pela entidade nesse formato: 88%, nas duas etapas, foram reprovados em todo o Brasil

Desde a primeira fase, em todo o país, mais de 105 mil bacharéis em direito participaram do exame que permite exercer a advocacia. Mas já na primeira fase mais da metade ficou reprovada (56%).

Na segunda fase, dos quase 47 mil candidatos que fizeram o exame cerca de 73% foram reprovados, por não conseguirem atingir a média necessária na prova prático profissional, realizada no dia 14 de novembro de 2010.

Embora o índice ainda possa mudar depois do resultado dos recursos, tudo indica que vai se confirmar a maior reprovação já registrada na prova unificada. |R7. JN|

Exame de Ordem: aferição da qualidade do ensino jurídico

Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, contribuiu para a queda do rendimento a mudança de formulação das perguntas: “É uma prova muito bem feita, mais crítica do que a aplicada antes. O candidato passou a ser mais exigido do ponto de vista do raciocínio. Antes também tinha, mas de uma forma diferente". A prova era feita pela UnB (Universidade de Brasília) e agora é elaborada pela FGV Projetos. |FolhaSP|

O presidente nacional da OAB fez uma defesa veemente do Exame de Ordem, observando que se trata de instrumento de aferição da qualidade do ensino jurídico. “O Exame de Ordem tem procurado aferir a qualidade do ensino e a qualidade dos futuros bacharéis, os quais vão lidar com dois bens que são fundamentais na vida das pessoas, que são a liberdade e o patrimônio; para a Ordem dos Advogados do Brasil, seria muito cômodo passar de 720 mil advogados atuais para 2 milhões de advogados”, afirmou Ophir, ressalvando, contudo, que a preocupação da qual a entidade “não abre mão é com a qualidade”. |OAB|

Universidades federais são as melhores na primeira fase da OAB
Conforme números obtidos pela Folha.com referentes à primeira fase do exame, da qual participaram 105.315 bacharéis de todo o Brasil, das dez instituições de ensino superior que conseguiram os maiores índices de aprovação no exame nacional unificado da OAB, nove são federais.

A exceção é uma escola particular paulista: a Escola de Direito de São Paulo, da FGV, que teve o segundo melhor índice de aprovação -de seus 27 estudantes no exame, só 1 foi reprovado. No Estado de São Paulo, a relação das dez com melhores índices de aprovação inclui as tradicionais USP, Unesp, PUC, Mackenzie.

Das 898 escolas relacionadas, a com melhor índice de aproveitamento foi a Universidade Federal do Espírito Santo, com 97%.  A lista tem ainda três federais de MG e uma de PE, CE, RN, RS e BA. Todas essas conseguiram aprovação acima de 90%.

Folha.com

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Enquanto isso...
MEC abre processo administrativo contra 16 cursos de Direito

A Secretaria da Educação Superior (Sesu), do MEC (Ministério da Educação), abriu processos administrativos contra 16 cursos de direito de instituições de ensino superior para a possível desativação de três deles e para diminuição no número de vagas oferecidas em outros 13.

Os cursos que correm risco de serem fechados pelo MEC são: da Faculdades Integradas de São Carlos (Fadisc) e da Universidade de Passo Fundo, nos campus de Soledade e Palmeira das Missões.

Já os 13 cursos que podem ser obrigados a diminuir o número de vagas são: Universidade Veiga de Almeida, Universidade de Franca, Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), campus de Santa Barbára d'Oeste, Faculdade São José, Faculdade Integrada do Recife, Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos, Faculdade dos Cerrados Piauienses, Faculdade de Aracruz, Faculdade Anhanguera de Ponta Porã, Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson (Unar), Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos (UniMSB), Centro de Ensino Superior de Jataí (Cesut) e Abeu Centro Universitário (Uniabeu).

A Sesu afirmou que as entidades não cumpriram exigências feitas em termos de saneamento de deficiências assinados em 2007 e 2008.

As instituições têm 15 dias para se defender, após serem notificadas. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União. |R7|