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8.1.11

“O Artista Inconfessável”

Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.

Mas não, fazer para esquecer.
que é inútil: nunca o esquecer
Mas fazer o inútil, sabendo
que ele é inútil, e bem sabendo

que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, 

e dificilmente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais direto ao leitor. Ninguém
que o feito e foi para ninguém.

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