O Brasil é um dos países de maior concentração de propriedade da terra.
“Os últimos dados do cadastro do Incra, de dezembro 2010, revelam que temos 66 mil fazendas classificadas como grandes propriedades improdutivas, que controlam 175 milhões de hectares. Pela Constituição e pela Lei Agrária Complementar, todas essas propriedades deveriam ser desapropriadas e distribuídas. Temos ao redor de 4 milhões de famílias de trabalhadores agrícolas sem terra que seriam os potenciais beneficiários.
[...] No Brasil, as grandes propriedades improdutivas são apenas 1,3%, mas controlam 40% de todas as terras. Veja que desapropriando apenas esses 1,3% teríamos uma fantástica mudança no campo.”
Palavras de João Pedro Stedile, um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em entrevista concedida para CartaCapital. Na qual, afirma também que a reforma agrária clássica realmente “saiu da agenda” nacional. Por isso resta ao MST o caminho da “reforma agrária popular”, que defende, além da desapropriação de grandes latifúndios improdutivos, um novo modelo de desenvolvimento agrícola – o agroecológico – que prioriza a produção de alimentos sadios, sem agrotóxicos.
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