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25.3.10

Um pescador contra uma transnacional

O Jornal Brasil de Fato, publicou, em 17-3-2010, a reportagem sobre o pescador Luís Carlos de Oliveira, de 59 anos; um ícone na luta contra os muitos desmandos e as várias arbitrariedades cometidas durante a construção da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), na baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

Conforme descreve a reportagem, desde 2006, movimentos sociais e organizações não governamentais denunciam que a transnacional TKCSA vem causando enorme devastação ambiental, destruição de comunidades tradicionais, graves prejuízos aos pescadores e trabalhadores do turismo da região e, em virtude disso tudo, motivam a população local a reivindicar seus direitos.

À frente da Associação dos Pescadores dos Cantos dos Rios (Apescari), Luís Carlos, que precisa usar cadeira de rodas para se locomover, organizou manifestações no mar e na porta da transnacional. Com as denúncias sobre o envolvimento de milicianos na segurança da empresa, a devastação ambiental e o uso privado de locais que eram excelentes viveiros de pesca, o pescador passou a ser ameaçado de morte. Em função disto, Luís Carlos teve de sair de Jesuítas, no bairro Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. E sem ver a mãe, o pai, irmãos e filhos há exatamente um ano este pescador, hoje, faz parte do Programa Federal de Defensores dos Direitos Humanos, conforme descreve Brasil de Fato.

As denúncias contra a TKCSA
A matéria, ainda, expõe a invisibilidade, no Brasil, das denúncias contra a TKCSA, pois as violações jamais chegaram à opinião pública brasileira com a intensidade que mereciam. Todavia, as agressões sócio-ambientais promovidas pela ThyssenKrupp ganham amplitude na Alemanha, onde as denúncias entraram no coração da empresa e ganharam as manchetes dos principais veículos.

De acordo com a reportagem, empreendimentos como a TKCSA não são novidade no Brasil de hoje. Estão diretamente relacionados ao modelo de desenvolvimento que vem sendo implementado pelo governo federal. Nos últimos anos, o país tem deixado abertas as portas à entrada de empresas estrangeiras, tocando obras de grande impacto sócio-ambiental e gerando produtos de baixo valor agregado. Assim, para os governos estadual e federal, e para a mídia comercial, a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico é um marco na história do país. Aquela destinada a ser a maior siderúrgica da América Latina representaria desenvolvimento e entrada de capitais. Entretanto, ONGs e movimentos sociais comprovam que, além de representar a consolidação de um modelo de desenvolvimento provinciano, o empreendimento tem provocado uma tragédia sócio-ambiental na área, destaca o jornal Brasil de Fato.

Com a assinatura de Gilka Resende e Leandro Uchoas, o conteúdo completo desta reportagem exclusiva está disponível na página virtual do Brasil de Fato, que a divide nas seguintes “chamadas”: # A história (real) de um pescador contra uma transnacional. # Na Europa, forte repercussão das acusações contra a TKCSA. # As denúncias contra a TKCSA. # TKCSA, símbolo de um modelo caduco.

É isso, valeu!

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