14.4.10
Fórum da Liberdade: os defensores do capitalismo e do liberalismo
O presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Luiz Leonardo Fração, desfilou todo seu ideário na abertura da 23ª edição do Fórum da Liberdade, evento promovido pelo IEE. Um breve resumo desse ideário: todo governo é ladrão, os empresários são bons, os direitos humanos não podem se sobrepor ao direito de propriedade, o ideal na vida é trabalhar, produzir e não depender de ninguém [...].
O jovem empresário que não acredita no governo, no Estado e na Constituição brasileira e que não gosta de depender de ninguém na vida considera-se por outro lado uma pessoa humilde e um líder. Como líder, gosta que outros dependam dele. Sua receita de liderança é uma "combinação de conhecimento e humildade" segundo suas próprias palavras ao assumir a presidência do IEE.
Do alto destes valores, Fração diz que a população da América Latina é ignorante, desinformada e não sabe votar. Ele defende essa posição em um artigo intitulado "O futuro da América Latina", onde critica os países que não adotaram a opção de "trabalhar e não depender de ninguém, senão de si mesmo". Todos, na sua opinião, menos o Chile. Para Fração, "o Estado de Direito está condenado pela Justiça Social". Ele escreve:
"O que enxergamos hoje na América Latina nada mais é do que o resultado da ignorância de suas populações e da escolha de líderes que buscam o poder para benefício próprio, ludibriando a população desinformada com promessas populistas que nunca são cumpridas por culpa dos "capitalistas sanguinários". Toda vez que se ouve a palavra "social", temos um sinônimo de algo por que pagamos mais do que deveríamos, sem que obtenhamos nada em troca. O futuro da América Latina está perdido nessa palavra. O Estado de Direito está condenado pela "Justiça Social".
Luiz Leonardo Fração é um jovem e humilde empresário que não gosta de depender de ninguém, ama a propriedade acima de tudo e não gosta da ignorância do povo da América Latina. Foi aplaudido de pé no Fórum da Liberdade, encontro que, nesta edição, pretende "entender o mundo". Ele, é claro, já entendeu e esteve lá para ensinar. Pena que o povo ignorante e desinformado não estava lá para beber de seu conhecimento e de sua humildade.
Marco Aurélio Weissheimer - RS Urgente.
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