A obra de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, terá um custo estimado de 19 bilhões de reais, e capacidade de gerar até 11.233 MW, em capacidade estalada; e se somam os números advindos dos impactos sociambientais na mesma proporção de sua magnitude. Estima-se que mais de seis mil famílias sejam removidas de cinco municípios distintos, devido a área alagada de 516 quilômetros quadrados, além de duas reservas indígenas que serão afetadas devido a redução da vazão do Rio Xingu, em virtude da construção de canais, diques e vertedouros para abastecer o reservatório.
Até o momento, o governo não disse para onde serão transferidas pelo menos 30 mil pessoas afetadas pelo alagamento da região com a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Os índios Kayapó, da aldeia Piaraçu, divulgaram um comunicado avisando que continuarão resistindo à construção de Belo Monte. É uma reação às declarações do presidente Lula, que classificou como “insana” a atuação dos indígenas, ambientalistas, movimentos sociais e até mesmo do Ministério Público Federal.
O coordenador do Programa Xingu, André Villas Boas, do Instituto Socioambiental (ISA), diz que Lula tenta transferir responsabilidades ao dizer que ambientalistas devem apresentar projetos alternativos à Belo Monte para a geração de energia do país: “O governo tem que produzir informações e apresentá-las para que a sociedade possa opinar. Ele não pode ficar centrado num modelo hidrelétrico, que é o modelo que movimenta essas empreiteiras.”
Síntese de informações divulgadas pela Radioagência NP.
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