Bubu é um poeta com doze internações em manicômios judiciários. Ele desafia o sentido dos hospitais-presídios, instituições híbridas que sentenciam a loucura à prisão perpétua. O poema A Casa dos Mortos foi escrito durante as filmagens do documentário e desvelou as mortes esquecidas dos manicômios judiciários. São três histórias em três atos de morte. Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo será a tragédia do suicídio, o ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua nas casas dos mortos. Bubu é o narrador de sua própria vida, mas também de seu destino de morte. (Direção, Roteiro e Pesquisa Etnográfica: Debora Diniz. Documentário, 24min, 2009. Sítio oficial: www.acasadosmortos.org.br)
No filme/documentário - dirigido pela Profa. Dra. Débora Diniz, antropóloga da Universidade de Brasília (UnB), pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis) - durante 24 minutos, internos que sobrevivem ou morrem em um presidio psiquiátrico (manicômio judiciário), em Salvador (BA), tornam-se os narradores do documentário. O título - A Casa dos Mortos - refere-se a internos que morrem na instituição, seja por doença ou suicídio, e aqueles que simplemente deixam de viver: abandonados, sedados, sem perspectivas ou futuro. Muitas vezes sequer têm consciência de quem são.
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Ah..., 18 de maio, é Dia Nacional de Luta Antimanicomial.
Data de reivindicação, por um sistema digno de tratamento.
Este ano, o tema é Solidariedade: Há em Ti, Há em Mim, buscando sensibilizar para a importância de uma sociedade livre de manicômios e sem preconceitos. (Cf. SinPsi)
Este ano, o tema é Solidariedade: Há em Ti, Há em Mim, buscando sensibilizar para a importância de uma sociedade livre de manicômios e sem preconceitos. (Cf. SinPsi)
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