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29.7.10

Brasil grande e desigual

Investimento de multinacionais brasileiras no exterior bate recorde
A participação de empresas brasileiras no mercado externo, processo também conhecido como internacionalização, bateu recorde no primeiro semestre de 2010, com negócios que somaram US$ 12 bilhões.

Esse é o melhor resultado para um semestre desde que o Banco Central começou a fazer o levantamento, em 1968.

Para os chamados especialistas, a internacionalização das empresas brasileiras, além de ser uma questão de “sobrevivência” em certos setores, também traz “benefícios” para a economia interna, como a pratica de “preços interessantes” para a população, em tese. (Cf. BBC Brasil)

Diga-se de passagem, o governo brasileiro tem colaborado muito para este quadro favorável ao processo de internacionalização do empresariado, por exemplo, com ofertas de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Brasil permanece um dos mais desiguais do mundo, apesar de progresso
Bueno, enquanto as empresas brasileiras no exterior batem recordes de negócios e lucros, o Brasil permanece um dos mais desiguais do mundo, conforme dados do Relatório Regional sobre Desenvolvimento Humano para a América Latina e o Caribe 2010, intitulado “Atuar sobre o futuro: romper a transmissão intergeracional da desigualdade”, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O cálculo do indicador de desigualdade varia de acordo com o autor e as fontes e a base de dados utilizados, mas em geral o Brasil só fica em melhor posição do que o Haiti e a Bolívia na América Latina – o continente mais desigual do planeta. Dos 15 países onde a diferença entre ricos e pobres é maior, dez são latino-americanos. O relatório do Pnud constata que a desigualdade nessa região é alta, persistente e ocorre em um contexto de baixa mobilidade social.

No mundo, a base de dados do Pnud mostra que o Brasil é o décimo no ranking da desigualdade. Na seleção de países mencionada no relatório do Pnud, os piores indicadores pelo índice de Gini – medição do grau de desigualdade a partir da renda per capita – são Bolívia, Camarões e Madagascar (0,6) e Haiti, África do Sul e Tailândia (0,59). O Equador aparece empatado com o Brasil com um indicador de 0,56 – quanto mais próximo de um, maior a desigualdade. Colômbia, Jamaica, Paraguai e Honduras se alternam na mesma faixa do Brasil segundo as diferentes medições. (Cf. PNUD BrasilBBC Brasil)

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