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12.8.10

PNUD/Brasil: IVH retrata vivências no trabalho, na educação e na saúde

Desenvolvido pelo escritório brasileiro do PNUD, como parte da versão inicial do terceiro caderno do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil (RDH Br 2009/2010), o Índice de Valores Humanos (IVH) aponta o grau de respeito a valores nas áreas de saúde, conhecimento e padrão de vida — as mesmas categorias levadas em conta no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado em 1990 e calculado para mais de 180 países. Assim como esse indicador divulgado anualmente pelo PNUD, o IVH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior).

A elaboração do IVH partiu do conceito de que os valores são formados a partir das experiências das pessoas, por isso, o índice capta a percepção da população brasileira sobre situações vivenciadas no dia a dia, como tempo de espera para atendimento médico ou situações de prazer e sofrimento no trabalho.

Os dados foram coletados em pesquisa feita no início deste ano, com 2.002 entrevistados em 148 municípios de 24 unidades da Federação.

Índice e subíndices
O IVH é composto pelos subíndices de trabalho (IVH-T), saúde (IVH-S) e educação (IVH-E). Em uma escala de zero a 1, sendo 1 o melhor resultado, o Brasil tem um IVH de 0,59, valor que equivale à média dos três subíndices que o compõem. Quando o tema é trabalho, o resultado foi de 0,79. Na educação, o índice ficou em 0,54. E na saúde, em 0,45.

Visivelmente, o indicador em que o Brasil se sai pior é o de saúde (IVH-S): 0,45. Este subíndice sintetiza a opinião dos entrevistados sobre três aspectos relacionados aos serviços do setor: tempo de espera por atendimento, facilidade de compreensão da linguagem usada pelos profissionais de saúde e interesse que a equipe médica tem pelo paciente. Os resultados da pesquisa mostram que mais da metade da população (51,1%) julga que a espera por atendimento em serviço de saúde é demorada (não foi feita distinção entre setor público ou privado). Apenas 27,1% acham fácil a compreensão da linguagem dos profissionais do setor, e 30,7% avaliam que eles têm pouco interesse em ajudar os pacientes.

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