É o título da reportagem publicada pela Revista Galileu: “Gadgets de Sangue”, abordando o ilegal, violento e mortal processo de extração e contrabando de minérios no leste da República Democrática do Congo — a região que abastece com matéria-prima ilegal-e-barata algumas das grandes corporações da área de tecnologia.
A reportagem destaca quatro minérios: o Tântalo (armazenamento de energia), o Tungstênio (vibração de celulares), Estanho (solda) e Ouro (conectividade da fiação), os quais são indispensáveis para fabricação de gadgets, como notebooks, smartphones e tocadores tipo Ipod.
O grande problema é que a extração e o contrabando desses minérios congoleses alimentam milícias, mortes e violações de toda ordem, promovendo aquele que é um dos conflitos mais violento do planeta. Afinal, em função da mineração ilegal, nos últimos 15 anos, os confrontos em terras congolesas mataram 5,5 milhões de pessoas e mais de 200 mil mulheres foram estupradas, de acordo com estudo da ONG International Rescue Committee. Formalmente, a guerra terminou em 2003, mas as batalhas, turbinadas pelas reservas minerais do Congo, continuam entre os grupos armados que dominam e mantêm as minas.
É o que revela a matéria da Galileu, logo após dar um alertar, em outras palavras: Se você comprou qualquer gadget (como um celular ou um iPod), é provável que tenha sangue nas mãos, pois pode ter ajudado, desde o início, a sustentar essa sangrenta guerra civil.
Confira toda a reportagem na Revista Galileu (237, abr/2011)
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