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15.3.10

Hermes

Na mitologia grega, o deus Hermes é o nome do “mensageiro dos deuses”, aquele que transmite e interpreta os desígnios dos outros deuses do Olimpo aos humanos.

E devido a lhe atribuirem esta função, acredita-se que Hermes relacione-se, etimológica e semanticamente, com a “hermenêutica” (mas pode ter sido ao contrário).
Ao se estudar a etimologia (origem e evolução histórica) de ambos os vocábulos, houve uma tendência de se dizer que a palavra “hermenêutica” poderia ter sua raiz etimológica (originaria, histórica, evolutiva) no termo “Hermes” e conservaria com este uma conexão semântica, de significação (se Hermes seria aquele que transmitia e interpretava a mensagem dos deuses aos mortais, por um nexo semântico a tarefa hermenêutica pode ser entendida como a transferência, a interpretação, de um mundo ao outro, por exemplo, do mundo do texto para o mundo do leitor).

Uma curiosidade é que a imagem mais conhecida de Hermes é essa que ele aparece como um jovem com capacete alado, sandálias com asas e empunhando o bastão mágico (o caduceu). E, sem morada fixa, estando sempre em movimento, leve, aéreo, hábil, ágil, flexível e desenvolto, a identidade de Hermes – como uma espécie de arquétipo da realidade – pode ilustrar bem o caráter movente do real que não pode ser engessado num conceito.

É isso, valeu!
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Conferir:
CORETH, Emerich. Questões fundamentais de hermenêutica.
ROHDEN, Luiz. Hermenêutica: inter e/ou transação?

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